31 de jul. de 2011

Brasil - sil - sil - sil... Cassações de prefeitos fazem Brasil ter mais de uma eleição por semana

Neste domingo (31), os 161.133 eleitores de Magé (RJ) devem voltar às urnas para a escolha do novo prefeito e vice, que ficarão no cargo apenas até o final do próximo ano. A nova votação faz parte do que já pode ser considerado um calendário eleitoral paralelo no Brasil.

Desde 2009, quando teve início a atual legislatura municipal, o país já registrou 153 eleições suplementares, o que dá a média de 1,1 nova votação por semana. A média é quase cinco vezes maior que à da gestão passada (2005-2008).

Cada eleição suplementar segue o mesmo rito de uma votação comum, com calendário próprio (a votação acontece sempre aos domingos), campanha eleitoral e convocação de mesários e eleitores. No caso de Magé, a prefeita Núbia Cozzolino (PR) foi cassada por abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação na campanha eleitoral ainda em 2008. Recorreu até a última instância, quando foi derrotada no início do ano.

Na nova eleição, seis chapas – uma delas apoiada pela ex-prefeita – estão na disputa. Todos os eleitores são obrigados a votar, assim como nas eleições tradicionais. Por conta do clima tenso, forças federais vão dar segurança durante a votação.

Não há estatísticas oficiais sobre os principais motivos que levam prefeitos eleitos a serem cassados. Mas somente em 2009, ano em que os prefeitos assumiram os cargos após as vitórias em outubro do ano anterior, foram 76 eleições suplementares realizadas.

No ano passado foram mais 50, enquanto 2011 já registra a marca de 27. Além dessas eleições que já ocorreram este ano, outras três (duas no Ceará e uma Piauí) já estão marcadas para agosto e setembro, além da que ocorre hoje no Rio de Janeiro.

O Nordeste é o campeão em eleições suplementares, com 59 retornos às urnas em dois anos e sete meses de legislatura. O Sudeste vem em seguida, com 39. Minas Gerais é o Estado recordista em novas votações, com 24 eleições suplementares. Proporcionalmente à quantidade de municípios, o Piauí, com 18 eleições suplementares nos 229 municípios, tem média de uma eleição para cada 12 cidades.

Fonte: BOL

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